Sobre Nossos Ancestrais
Divindades
Todo ser humano nasce sob
vibrações e a proteção de quatro Orixás. Sendo o primeiro Orixá de Frente/Pai
de Cabeça e ele atua no chakra frontal e muitas vezes é considerado como os
principal, já que é o responsável por sua regência nesta encarnação e o mesmo
que influência de forma racional, determinando as principais características de
raciocínio e expressões físicas, assim como a forma que os outros nos veem.
“Orixá de trás”, “Segundo
Orixá” e “Juntó” ou “Adjunto” vibra no chakra posterior ao frontal, e o mesmo que
é encarregado pelas emoções. Ou seja, quando há uma desordem na forma lógica de
raciocínio, é ele quem auxilia para manter energias pelo lado emocional, como
em um momento de pressão, onde o racional já não consegue mais atuar. será de
acordo com o temperamento do Orixá Juntó que a pessoa carrega.
O Orixá
Ancestral já é mais complexo de encontrar e na maioria das vezes, ele não surge em uma consulta de Búzios por exemplo. Assim os Orixás de Frente, os Ancestrais
também formam um par, chamados de Orixá dominante e Orixá Recessivo. O Orixá Dominante vibra no chakra coronário, enquanto o Recessivo atua no chakra básico. Essas divindades estarão conosco,
independente da vida em que estejamos.
Simbolicamente,
cada Orixá possui sua cor, dia da semana, dança, canto, saudação, etc., que são
elementos que servem para representá-los de modo a serem mais bem
compreendidos. Conhecendo os Orixás mais cultuados em casas de Umbanda: Oxalá,
Ogum, Oxóssi, Xangô, Oxum, Iemanjá, Iansã.
Apesar de esses serem os mais conhecidos, não são únicos,
existem mais de 400 orixás, inclusive, todos criados por Olorum (Deus e
criador), como uma forma intermediária de contato entre ele e os seres humanos.
Iemanjá é um orixá feminino.
O seu nome tem origem
nos termos do idioma Iorubá - “Yèyé omo ejá”, que significam “mãe cujos filhos são como peixes”.
É considerada a mãe de todos os adultos e a mãe dos orixás.
Iemanjá, na realidade,
é a divindade do rio que deságua no mar. Ela é filha de Olokun, o orixá rei dos
oceanos. O rio que representa Iemanjá e sua história é o Rio Ogun, localizado
no estado de Oxum, na Nigéria.
No Brasil, Iemanjá
recebe diferentes nomes, dentre eles: Dandalunda, Inaé, Ísis, Iara, Janaína,
Marabô, Maria, Mucunã, Princesa de Aiocá, Princesa do Mar, Rainha do Mar,
Sereia do Mar, etc. Também é considerada a “Afrodite brasileira”, a deusa do
amor a quem recorrem os apaixonados em suas demandas amorosas.
Representação no
cristianismo: Nossa Senhora da
Conceição ou Nossa Senhora dos Navegantes
Cor: Azul
e Branco.
Dia da
semana: Sábado.
Elemento: Água.
Local de oferta: Praias e oceanos.
Sincretismo: Virgem
Maria e Nossa Senhora de Fátima.
Saudação: Odoyá!
Oxalá
é uma divindade masculina, criador de todos os seres e pai de todos os orixás -
com exceção de Logunedé. Ele representa o sol, a criação e a vida. Segundo a
lenda Oxalá tentou criar os seres humanos com vários materiais, mas só
conseguiu quando utilizou o barro.
Representação
no cristianismo: Jesus Cristo.
Cor: Branco.
Dia da
semana: Sexta-Feira.
Elemento: Ar.
Local de oferta: Montanhas e templos.
Sincretismo: Jesus
Cristo.
Saudação: Epá
Babá!
Ogum é o orixá que representa a luta, as conquistas, ele é de
guerra e o arquétipo do guerreiro. Ele é o senhor da guerra e padroeiro de
todos os trabalhadores cujo ofício exige a utilização de ferramentas.
Representação no cristianismo: São Jorge
Cor: Azul
índigo.
Dia da
semana: Terça-Feira.
Elemento: Fogo.
Local de oferta: Estradas e caminhos abertos.
Sincretismo: São
Jorge.
Saudação: Ogunhê,
meu Pai!
Oxóssi vive nas
florestas e representa a fartura, é protetor dos caçadores e rege as lavouras,
seu símbolo é o arco e flecha. Ele pode imitar o som dos animais com perfeição,
é um caçador valente e generoso.
Representação no
cristianismo: São
Sebastião / São Jorge.
Cor: verde
e azul turquesa.
Dia da
semana: Quinta-Feira.
Elemento: Terra.
Local de oferta: Matas e florestas.
Sincretismo: São
Sebastião
Saudação: Okê
Arô!
Oxum é uma divindade feminina, ela é dona da água doce, dos
rios e das cachoeiras. Representa a delicadeza, a fecundidade e a maternidade,
por isso é muitas vezes chamada de “mamãe Oxum”.
Representação no cristianismo: Nossa Senhora Aparecida ou Nossa Senhora de Fátima.
Cor: Amarelo
Dia da
semana: Sábado.
Elemento: Água
Local de oferta: Fontes de água e cachoeiras
Sincretismo: Nossa
Senhora da Conceição.
Saudação: Ora
iê iê ô, mamãe Oxum!
Xangô
Na mitologia iorubá, xangô é rei, por isso é o orixá que cuida
do poder, da administração e da justiça. Ele age com neutralidade, é
reconhecido pelas sábias decisões e é íntegro.
Representação no cristianismo: São Pedro ou
São Jerônimo
Cor: Vermelho
e branco, ou castanho.
Dia da
semana: Quarta-Feira
Elemento: raio
(fogo).
Local de oferta: Cachoeiras e pedreiras.
Sincretismo: São
Jerônimo, São Pedro, São João Baptista, São José de Arimatéia e São Bento da
Porta Aberta.
Saudação: Kâo Kabicilê!
Iansã é uma guerreira poderosa,
responsável por levar as almas para o céu. É a senhora dos ventos, dos trovões,
das tempestades e representa as mudanças rápidas.
Representação no cristianismo: Santa Bárbara
Cor: Laranja
e vermelho.
Dia da
semana: Quarta-Feira.
Elemento: Fogo.
Local de oferta: Canavial, bambuzal e pedreiras.
Sincretismo: Santa
Bárbara.
Saudação: Eparrêi,
minha mãe Iansã!
Um pouco sobre guias protetores, que são espíritos
ancestrais. Cada orixá conta com uma linha de
entidade que o auxilia a cuidar dos seres humanos.
1. Caboclos
Os caboclos são espíritos ancestrais indígenas. Dada a sua origem, as entidades desse grupo se destacam por serem grandes conselheiros e pela forte ligação com a natureza.
2. Malandros
Uma das entidades mais populares dessa linha é o Zé Pilantra, que ficou órfão de pai e mãe e, para tentar sobreviver, passou a praticar pequenos furtos e trapaças. Essa entidade é responsável por cuidar de pessoas esquecidas, maltratadas, que se prostituem e viciados.
3. Pombagiras
As pombagiras são
entidades de mulheres que, quando vivas, lutaram contra a opressão e o
sofrimento imposto a elas. Por isso, como guias espirituais ajudam aquelas que
passam por dificuldades.
Uma pombagira muito
famosa é a Maria Padilha. Em vida, foi amante de Dom Pedro I de Castela
(1334-1369), sendo quase sempre retratada como uma mulher linda, sedutora,
sensual e muito bem-vestida.
4. Ciganos
Essas entidades são
guias espirituais que gostam de ajudar as pessoas transformando suas vidas por
meio do amor, da união e da fraternidade sempre com a força da alegria. Outra
característica importante dos ciganos é que nunca prendem ou humilham uma
pessoa. Apesar do nome, não há ligação direta com povos ciganos espalhados pelo
mundo.
5. Marujos ou Marinheiros
Em algumas regiões onde
a Umbanda é praticada,
não existe essa linha de entidades. Todavia, os marinheiros ou marujos atuam
com uma limpeza completa: mental, espiritual e física. São entidades famosas
por falarem a verdade. Como são espíritos oriundos do mar, estão sempre se
balançando. Outro detalhe é que a própria vivência nesse ambiente tornou suas
vidas sofridas, mas cheias de aprendizado que compartilham com os demais.
6. Erês
São espíritos de
crianças, por isso é bom esperar alguma travessura de vez em quando dessas
entidades. Afinal, adoram rir e brincar. Do lado mais sério, trabalham
oferecendo conforto e consolo para mães e pais aflitos.
7. Pretos-velhos
A característica mais
famosa e sempre citada dos pretos-velhos é a vasta sabedoria que têm. Com uma
linguagem simples e direta, esses espíritos de negros escravizados oferecem
orientações e apontam o caminho para situações aparentemente sem solução.
8- Exu
Tem
algumas características que são típicas das reações da natureza humana e sua
imagem perante os adeptos reflete proteção, justiça, paciência, força e
disciplina na perseguição de objetivos. A ambiguidade e a pluralidade de
sentimentos também são características humanas presentes em Exu. Os traços de
personalidade mais comuns associados a ele são: disciplina, paciência e
proteção nos caminhos.
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